Depressão

Depressão

A Depressão é a doença do século; segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo são afetadas. Tendo em vista a importância deste problema na sociedade atual, é muito importante estar atento às diferentes formas as quais a doença pode se manifestar.

 

DEPRESSÃO – Sintomas na prática:

 

Nem sempre os sintomas são claros e bem definidos pelo paciente, por isso é importante fazer um acompanhamento com psicólogo para avaliar as mudanças, a frequência dos sintomas e o que pode estar envolvido no surgimento destes.

 

  • Insônia ou excesso de sono – sem nada na rotina que explique, como por exemplo um alto consumo de cafeína, problemas financeiros ou familiares.
  • Irritabilidade constante – quando nada na vida profissional ou social tenha sido alterada e a irritabilidade não pareça uma justificativa.
  • Manchas na pele – quando descartadas pelo medico dermatologista (ou pelo medico alergista) as manchas insistem em aparecer . Existem doenças de pele, como a psoríase, que são doenças de cunho emocional, e o tratamento mais eficaz é a terapia (a parte medicamentosa só ajuda a aliviar os sintomas)
  • Queda de cabelo – quando não se fez nenhum tratamento capilar (pintura ou outro) e não se tem justificativa hormonal.
  • Ranger os dentes – ate então o paciente nunca fez isso e começa a fazer sem uma explicação
  • Isolamento social – a pessoa se queixa de não ter vontade de fazer as coisas que normalmente fazia.
  • Falta de vontade de trabalhar – quando nada no trabalho (mudança na rotina) justifique esse desânimo.
  • Aumento ou perda de peso (falta de apetite) – quando a perda ou o ganho de peso não parece ser justificado por nada que tenha mudado na sua rotina.
  • Choro exagerado por algo que normalmente não afetaria a pessoa
  • Episódios de choro durante o dia
  • A pessoa fica menos vaidosa que o de costume. Muda o peso, não se arruma para sair, se sente sem vontade de cuidar da aparência. Se sente com baixa auto estima.
  • Fraqueza no corpo.

 

Ao iniciar o acompanhamento psicológico, primeiramente, o que eu aconselho meus pacientes a fazerem, juntamente ao tratamento psicológico, antes de definir um diagnóstico e uma forma de intervenção, é:

 

  • Buscar um médico clínico geral e fazer exames para descartar todo possível causa orgânica dos sintomas (queixas). Se for mulher, aconselho ir ao ginecologista para avaliar a parte hormonal.
  • Normalmente esses médicos pedem exames como vitamina D, B12, ferro e ferritina, hormônios em geral (principalmente para as mulheres), entre outros. Esses exames são simples e são feitos através da coleta de sangue.
  • Quando nada der alterado e os sintomas persistirem, e não tenha acontecido nada pontual (uma separação, demissão, luto), eu começo a pensar no diagnostico de depressão e encaminho para um psiquiatra cuidar da parte medicamentosa.

 

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) é um dos livros mais utilizados por clínicos (psicólogos e psiquiatras), pesquisadores e estudantes, constituindo um compilado de diagnósticos e classificações na área da saúde mental.

 

O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. O objetivo final foi o de garantir que a nova classificação, com a inclusão, reformulação e exclusão de diagnósticos, fornecesse uma fonte segura e cientificamente embasada para aplicação em pesquisa e na prática clínica.

 

De acordo com o DSM-5, o diagnóstico de depressão pode apresentar 5 diferentes tipos de transtornos, que são:

 

  1. Transtorno Depressivo Maior
  2. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor
  3. Disfórico pré-menstrual
  4. Distimia
  5. Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento

 

Uma das mudanças mais significativas do DSM-IV para o DSM-V,  no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto como critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.

 

Apesar da preocupação com a possível abordagem médica de estados não patológicos, é importante atentar para a gravidade que estes quadros podem alcançar. O luto é um forte fator estressor e, como tal, pode desencadear transtornos mentais graves, portanto não se pode assumir que, por tratar-se de reação comum, não possa ser experimentado de forma patológica.

 

Desta forma, o objetivo desta mudança é permitir que indivíduos que estejam passando por um sofrimento psíquico grave recebam atenção adequada, incluindo a farmacoterapia quando esta se fizer necessária.

 

O DSM é um instrumento desenvolvido para ser aplicado por profissionais habilitados, com experiência clínica e sólido conhecimento da psicopatologia. É importante saber que o manual não deve ser usado como uma simples lista de sintomas para serem assinalados por indivíduos não habilitados, pois isso implicaria em falsos diagnósticos positivos.

 

 

DEPRESSÃO – Na teoria:

 

TIPOS DE DEPRESSÃO, de acordo com o DSM-V

 

  1. Transtorno Depressivo Maior

 

A depressão maior ou grave é um caso em que os sintomas se manifestam durante um período de pelo menos duas semanas. Este tipo de depressão pode se manifestar em um caso único, em que algum trauma desencadeia o desenvolvimento da depressão maior. Entretanto, também pode ser intermitente, ou seja, uma pessoa pode apresentar os sintomas em alguns períodos da vida.

 

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, dentre os seguintes sintomas da depressão, o paciente deve apresentar cinco, por pelo menos duas semanas, para ser qualificado dentro do tipo de depressão grave:

 

-Sentir-se deprimido a maior parte do tempo e quase todos os dias;

-Prazer diminuído em atividades que antes eram interessantes para o paciente;

-Perda ou ganho de peso não intencional;

-Falta de sono ou excesso de sonolência;

-Problemas psicomotores, sendo agitação ou lentidão nos movimentos;

-Fadiga anormal e frequente;

-Falta de concentração;

-Sentimento de culpa e inutilidade frequente;

-Pensamentos de suicídio ou morte.

 

Diante dos sinais apresentados, dois obrigatoriamente devem estar presentes para que se enquadre como um transtorno depressivo maior: humor deprimido e perda de interesse ou prazer.

 

  1. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor

 

A principal característica desse transtorno são as explosões de raiva recorrentes – em torno de três vezes por semana.

 

Geralmente, a pessoa com esse tipo de problema apresenta um comportamento irritadiço grande parte do tempo e também acessos de violência que são desproporcionais às situações que se apresentam.

 

Os casos de violência podem ser tanto verbais, quanto físicos (no caso de agressão a outros ou a si mesmo) e devem estar presentes em pelo menos dois ambientes (em casa e na escola, por exemplo).

 

  1. Disfórico pré-menstrual

 

Este tipo de depressão tem características muito semelhantes ao quadro de sintomas da TPM. Trata-se, assim como a Tensão Pré Menstrual, de sinais que aparecem geralmente antes da menstruação da mulher e ocorrem devido à baixa de estrogênio.

 

No entanto, diferentemente desse período natural por qual a mulher passa, a síndrome disfórica menstrual é formada por sintomas emocionais intensos que se enquadram dentro de um tipo de depressão.

 

  1. Distimia

 

Distimia é uma palavra proveniente do grego que significa “mau humor”. Ela foi utilizada durante muitos anos para definir um sujeito mal humorado. Por essa razão, a palavra foi apropriada para definir essa condição, que está muito relacionado com o excesso de irritabilidade de uma pessoa.

 

A distimia ou transtorno depressivo persistente trata-se de um equivalente ao transtorno depressivo maior crônico. Isso quer dizer que os sintomas devem prevalecer por pelo menos dois anos, ou pelo menos um ano para crianças e adolescentes.

 

  1. Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento

 

Esse tipo de transtorno depressivo está diretamente relacionado à ingestão de determinadas drogas. Ocorre quando os efeitos relacionados aos sintomas do transtorno depressivo maior persistem além da duração esperada dos efeitos fisiológicos, da intoxicação ou do período de abstinência.

 

Os sintomas devem aparecer durante e até um mês depois da ingestão do medicamento capaz de induzir o transtorno.

 

Deve-se atentar ao fato de que, para configurar esse tipo de depressão, a pessoa não pode estar passando por uma depressão primária intensificada pela medicação. As substâncias precisam ser as iniciadoras do transtorno depressivo. 

 

Percebe-se que sentimentos como tristeza profunda; perda ou ganho de peso; falta de prazer; entre outros sinais são pontos de interseção entre as duas doenças. Cada uma delas, no entanto, apresenta uma particularidade que não é compartilhada pelos outros casos.

 

Por isso é importante que um profissional qualificado faca o diagnóstico da doença. Procure um psicólogo e faça o tratamento. DEPRESSÃO é uma doença séria!

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