Depressão
A Depressão é a doença do século; segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo são afetadas. Tendo em vista a importância deste problema na sociedade atual, é muito importante estar atento às diferentes formas as quais a doença pode se manifestar.
DEPRESSÃO – Sintomas na prática:
Nem sempre os sintomas são claros e bem definidos pelo paciente, por isso é importante fazer um acompanhamento com psicólogo para avaliar as mudanças, a frequência dos sintomas e o que pode estar envolvido no surgimento destes.
Ao iniciar o acompanhamento psicológico, primeiramente, o que eu aconselho meus pacientes a fazerem, juntamente ao tratamento psicológico, antes de definir um diagnóstico e uma forma de intervenção, é:
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) é um dos livros mais utilizados por clínicos (psicólogos e psiquiatras), pesquisadores e estudantes, constituindo um compilado de diagnósticos e classificações na área da saúde mental.
O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. O objetivo final foi o de garantir que a nova classificação, com a inclusão, reformulação e exclusão de diagnósticos, fornecesse uma fonte segura e cientificamente embasada para aplicação em pesquisa e na prática clínica.
De acordo com o DSM-5, o diagnóstico de depressão pode apresentar 5 diferentes tipos de transtornos, que são:
Uma das mudanças mais significativas do DSM-IV para o DSM-V, no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto como critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.
Apesar da preocupação com a possível abordagem médica de estados não patológicos, é importante atentar para a gravidade que estes quadros podem alcançar. O luto é um forte fator estressor e, como tal, pode desencadear transtornos mentais graves, portanto não se pode assumir que, por tratar-se de reação comum, não possa ser experimentado de forma patológica.
Desta forma, o objetivo desta mudança é permitir que indivíduos que estejam passando por um sofrimento psíquico grave recebam atenção adequada, incluindo a farmacoterapia quando esta se fizer necessária.
O DSM é um instrumento desenvolvido para ser aplicado por profissionais habilitados, com experiência clínica e sólido conhecimento da psicopatologia. É importante saber que o manual não deve ser usado como uma simples lista de sintomas para serem assinalados por indivíduos não habilitados, pois isso implicaria em falsos diagnósticos positivos.
DEPRESSÃO – Na teoria:
TIPOS DE DEPRESSÃO, de acordo com o DSM-V
A depressão maior ou grave é um caso em que os sintomas se manifestam durante um período de pelo menos duas semanas. Este tipo de depressão pode se manifestar em um caso único, em que algum trauma desencadeia o desenvolvimento da depressão maior. Entretanto, também pode ser intermitente, ou seja, uma pessoa pode apresentar os sintomas em alguns períodos da vida.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, dentre os seguintes sintomas da depressão, o paciente deve apresentar cinco, por pelo menos duas semanas, para ser qualificado dentro do tipo de depressão grave:
-Sentir-se deprimido a maior parte do tempo e quase todos os dias;
-Prazer diminuído em atividades que antes eram interessantes para o paciente;
-Perda ou ganho de peso não intencional;
-Falta de sono ou excesso de sonolência;
-Problemas psicomotores, sendo agitação ou lentidão nos movimentos;
-Fadiga anormal e frequente;
-Falta de concentração;
-Sentimento de culpa e inutilidade frequente;
-Pensamentos de suicídio ou morte.
Diante dos sinais apresentados, dois obrigatoriamente devem estar presentes para que se enquadre como um transtorno depressivo maior: humor deprimido e perda de interesse ou prazer.
A principal característica desse transtorno são as explosões de raiva recorrentes – em torno de três vezes por semana.
Geralmente, a pessoa com esse tipo de problema apresenta um comportamento irritadiço grande parte do tempo e também acessos de violência que são desproporcionais às situações que se apresentam.
Os casos de violência podem ser tanto verbais, quanto físicos (no caso de agressão a outros ou a si mesmo) e devem estar presentes em pelo menos dois ambientes (em casa e na escola, por exemplo).
Este tipo de depressão tem características muito semelhantes ao quadro de sintomas da TPM. Trata-se, assim como a Tensão Pré Menstrual, de sinais que aparecem geralmente antes da menstruação da mulher e ocorrem devido à baixa de estrogênio.
No entanto, diferentemente desse período natural por qual a mulher passa, a síndrome disfórica menstrual é formada por sintomas emocionais intensos que se enquadram dentro de um tipo de depressão.
Distimia é uma palavra proveniente do grego que significa “mau humor”. Ela foi utilizada durante muitos anos para definir um sujeito mal humorado. Por essa razão, a palavra foi apropriada para definir essa condição, que está muito relacionado com o excesso de irritabilidade de uma pessoa.
A distimia ou transtorno depressivo persistente trata-se de um equivalente ao transtorno depressivo maior crônico. Isso quer dizer que os sintomas devem prevalecer por pelo menos dois anos, ou pelo menos um ano para crianças e adolescentes.
Esse tipo de transtorno depressivo está diretamente relacionado à ingestão de determinadas drogas. Ocorre quando os efeitos relacionados aos sintomas do transtorno depressivo maior persistem além da duração esperada dos efeitos fisiológicos, da intoxicação ou do período de abstinência.
Os sintomas devem aparecer durante e até um mês depois da ingestão do medicamento capaz de induzir o transtorno.
Deve-se atentar ao fato de que, para configurar esse tipo de depressão, a pessoa não pode estar passando por uma depressão primária intensificada pela medicação. As substâncias precisam ser as iniciadoras do transtorno depressivo.
Percebe-se que sentimentos como tristeza profunda; perda ou ganho de peso; falta de prazer; entre outros sinais são pontos de interseção entre as duas doenças. Cada uma delas, no entanto, apresenta uma particularidade que não é compartilhada pelos outros casos.
Por isso é importante que um profissional qualificado faca o diagnóstico da doença. Procure um psicólogo e faça o tratamento. DEPRESSÃO é uma doença séria!
R. Eurico Hosterno, 300.
Santa Mônica.
Florianópolis-SC.